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A ridícula ideia de nunca mais te ver: uma jornada emocional com Rosa e Marie

  • Foto do escritor: Brenda Destro
    Brenda Destro
  • 13 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de set. de 2024


Ler A ridícula ideia de nunca mais te ver, de Rosa Montero, foi como ouvir uma amiga próxima me contando uma história. Desde o início, a escrita de Rosa me conquistou. A leveza e o uso de hashtags tornaram a leitura divertida, até mesmo nos momentos mais sérios. Achei isso incrível, porque, mesmo quando ela abordava assuntos profundos, eu soltava algumas risadinhas com a #honrarospais.


É difícil escolher apenas um elemento que tenha me prendido. Fiquei envolvida pela trágica perda de Pierre e pela maneira visceral como Marie Curie expressava sua dor no diário — algo que mexeu comigo de uma forma que eu não esperava. Confesso que chorei várias vezes, especialmente em passagens que pareciam descrever sentimentos que, mesmo sem ter vivido, eu compreendia de uma maneira muito particular.


Passei algum tempo refletindo sobre a ideia de sentir falta não apenas de quem se foi, mas também das partes que nunca conhecemos daquela pessoa. Isso me tocou profundamente, pois eu mesma já me senti boba por sentir essa carência em relação ao que não explorei em alguém que não faz mais parte da minha vida. Por nunca ter falado sobre isso, foi reconfortante perceber que esse sentimento é normal e que outras pessoas também o compartilham.



Um dos momentos mais impactantes foi quando Marie, em uma carta para sua irmã, fala sobre o medo de perder suas aptidões. Senti como um soco no estômago, pois muitas vezes hesito em mostrar minhas habilidades por medo do que os outros possam pensar. Isso me fez refletir sobre o tempo que posso estar desperdiçando ao não investir em coisas nas quais sou boa e que me fazem feliz. Marie me fez pensar em como não quero chegar a certa idade com a sensação de ter perdido oportunidades por deixar esse medo me paralisar.


"[...] me parte o coração quando penso em minhas aptidões perdidas..." Suas aptidões perdidas... Manya sabia que é boa, mas como é difícil manter essa convicção quando não há mais ninguém para confirmá-la. (p. 49)

Essa leitura foi uma verdadeira montanha-russa de emoções, e eu a recomendo a todos que sentem o amor em seus ossos. Tenha você vivido ou não o luto, o aprendizado será maravilhoso.

1 comentario


Ravi Viana
Ravi Viana
14 sept 2024

Não canso de te ver falando sobre essa leitura 🫶

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